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"Fico triste depois" - Ginny

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Porque tem de ser agora?

Hoje visualizei um vídeo no youtube que me emocionou (e muito). Fez-me pensar no valor das coisas, das pessoas e dos momentos, mas, principalmente, do tempo. Ó facto de ter enunciado "coisas" em pimeiro lugar que "pessoas" foi algo instintivo, nós humanos temos essa tendência: damos mais valor a bens materiais do que propriamente às pessoas. Daí não ter querido fugir à regra, porque isso significaria ser diferente, e por ventura isso não é bom pois assumem-nos logo como loucos. Mas que "Maravilhosa gente humana que vive como cães".

A conclusão que tirei do vídeo é que não podemos evitar o "virar a curva" (morte), mas de certa forma podemos escolher como queremos passar os últimos anos, meses, semanas, dias, horas e até mesmo minutos da vida. E foi o que os pais do Elliot fizeram.

Em vez de estarem tristes e adiarem a felicidade, adiaram a tristeza. Passaram 99 dias a vivê-la no seu expoente máximo. Tiraram fotos, fizeram vídeos para que pudessem lembrar-se do seu filho de todas as maneiras. Considero-os heróis!

Hoje em dia continuam a adiar a tristeza, pois tiveram os melhores 99 dias das suas vidas, e estes ainda se prolongam.
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"Estala, coração de vidro pintado!" - Álvaro de Campos

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Hoje, na aula de português fizemos a análise do poema "Esta velha angústia", de Álvaro de Campos.
Curiosamente identifico-me com algumas passagens do poema, uma vez que tudo começa já a transbordar. Não sei se preferia me manter lúcida ou louca, doida ou fria e, acabo por ser assim: indefinida!

Ficou retido o último verso, pois vejo-me nele: "Estala, coração de vidro pintado!". Um coração fragilizado, o imenso sofrimento, o pôr fim a tudo isto que luta contra um pouco de cor, um pouco de vida.

"Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!", será que me salvaria? Será que iria ser o suficiente para o não estalar do coração de vidro, para a fuga de mim própria? "Qualquer um serviria."

Sou doida sem um manicómio físico, mas por dentro serei sempre internada num !