"Estala, coração de vidro pintado!" - Álvaro de Campos

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Hoje, na aula de português fizemos a análise do poema "Esta velha angústia", de Álvaro de Campos.
Curiosamente identifico-me com algumas passagens do poema, uma vez que tudo começa já a transbordar. Não sei se preferia me manter lúcida ou louca, doida ou fria e, acabo por ser assim: indefinida!

Ficou retido o último verso, pois vejo-me nele: "Estala, coração de vidro pintado!". Um coração fragilizado, o imenso sofrimento, o pôr fim a tudo isto que luta contra um pouco de cor, um pouco de vida.

"Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!", será que me salvaria? Será que iria ser o suficiente para o não estalar do coração de vidro, para a fuga de mim própria? "Qualquer um serviria."

Sou doida sem um manicómio físico, mas por dentro serei sempre internada num !

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